sábado, 28 de janeiro de 2012

Claymore

Parte 2 de 2

 Um Mundo de Mulheres em Guerra

A História
A história de Claymore começa em um pequeno vilarejo aonde os moradores discutem sobre um youma que está aterrorizando o local.

Todos estão desesperados e alguns pedem ao prefeito que ele chame logo uma Claymore para dar fim ao pesadelo, mas outros acham que trazer a “Bruxa de Olhos Prateados” é mais arriscado que continuar com o youma a solto.

Mas o prefeito diz que já havia solicitado o serviço da Claymore e ela estava a caminho.

Em meio a tudo isso somos apresentados a Raki um garoto do vilarejo que vive com o irmão depois que teve os pais mortos pelo youma.

Durante a conversa da mulher com o prefeito ela age como se sua morte ou do youma não fizese diferença, o que deixa o homem a beira de um infarto

Raki se sente tão frustrado por não ser capaz de fazer nada quanto ao youma que quando a Claymore chega ao lugar começa a segui-la fazendo perguntas sobre os youmas e sobre ela mesma. Em questão de minutos ele está obsecado pela mulher.

A guerreira não diz seu nome pois os humanos normalmente o esquecem e é simples e curta em sua resposta ao menino: “Saia do meu caminho, estou trabalhando”.

Apesar disso Raki continua a perguntar muitas coisas a mulher, que sem alternativa responde algumas: Ela não é uma claymore, somente humanos chamam elas assim; ela também não está lá para vingar ninguém só para cumprir um serviço.

Por fim a guerreira e o menino encontram o youma com diferença de minutos, pois o monstro havia se disfaçado como o irmão do menino. A Claymore mata o youma na frente de Raki, sem ligar para sua presença.

No dia seguinte ainda em choque Raki ouve que a Claymore está indo embora e corre atrás dela agradecendo pelo que fez matando o youma e pergunta o nome dela novamente jurando nunca esquecer.

Ela então responde: Clare.
A história segue com mais algumas missões de Clare até que ela reencontra Raki vários dias depois no deserto. O menino está quase morto e ela o leva para uma cidade.

Após um incidente com um youma que Clare caçava usar Raki como escudo descobrimos que o menino foi expulso de seu vilarejo pois os moradores ficaram com medo dele ser um youma.

Temos um rápido flashback de Clare criança vendo os pais serem mortos por um youma disfarçado como seu irmão, que é morto por uma claymore desconhecida. Ainda vemos uma conversa aonde os moradores dizem sentir pena, mas que não querem uma criança como ela para cuidar.

Clare então chama Raki para viajar com ela como cozinheiro até que ele encontre um lugar em que queira ficar e o menino aceita.

Apartir desse ponto Clare passa a contar mais sobre a Organização para Raki. O fato de comer pouco, a carta negra (pois ela executa sua melhor amiga a pedido da mesma), conhecemos Louvre (ou Rubel dependêndo se você lê o mangá Panini ou os scans) o contato de Clare na Organização (ele adora falar por enigmas, um amor de cobra venenosa letal).

Somos apresentados a Rabona, capital religiosa do continente que proibe a circulação de claymores e, por isso, Clare e Raki se disfarçam para ela caçar um youma. Nesse ponto também descobrimos um remédio para camuflar o youki (além de voltar a cor dos olhos das guerreiras ao normal) e temos o quase despertar de Clare.

Seguido desse incidente entramos em um flashback sobre a vida de Clare e Teresa do Sorriso Enigmático, “mãe” e “irmã” de Clare, que foi uma das guerreiras mais poderosas que a Organização já teve.

Teresa é, a primeira vista, uma mulher sinistra e que fala por meio de ameaças e enigmas sombrios, mas apesar disso mata todos os youmas que encontra (mesmo quando a cidade não tem pedido). Sendo assim uma boa pessoa que não gosta muito de humanos.

Descobrimos que Clare foi “adotada” por Teresa depois que a mesma matou um youma qua a muito tempo usava ela como disfarçe(tendo até perdido a vontade de falar). Mesmo sendo enxotada pela guerreira a menina continuou seguindo-a até que Teresa acabou aceitando cuidar dela por um tempo, principalmente por que Teresa se identifica com a menina (ela também foi expulsa de sua vila após sua família ser dizimada e um dos membros ser descoberto como o youma).

Quando Teresa encontrou um lugar para deixar Clare as duas acabaram se separando (Teresa não queria Clare vivendo sua vida), mas o vilarejo acabou sendo atacado e Teresa que voltou para tirar Clare do lugar antes dela se ferir matou todos os saqueadores (na verdade ela perdeu o controle ao ver o homem que havia batido em Clare arrastando-a pelos cabelos).

Tendo quebrado a regra suprema da Organização Teresa está sentenciada a morte, mas ela não aceita a punição.

Teresa foge da Organização decidida a cuidar de Clare por todo o tempo que puder até sua morte. As duas viajam pelo continente em busca de um lugar para morar e em uma das cidades Teresa acaba matando um youma local mesmo não querendo (Clare acabou pedindo).

As duas acabam ganhando um quarto no hotel da cidade como agradecimento (afinal não havia pedido de exterminio) e Clare brinca com a reação (ou falta dela) de Teresa perante os agradecimentos da cidade.

Pouco depois somos apresentados ao novo grupo de execução de Teresa: Irene, Lamina Expressa; Sophi, da Força Bruta; Noel, Rajada de Vento que juntas eram as números 3, 4 e 5 (Noel e Sophi vivim trocando de rank por serem próximas em poder). Além de Priscila, recém-nomeada número 2 e que iria substituir Teresa como rank 1.

Todas se encontraram com Teresa que rápidamente mostrou ser superior a Irene, Noel e Sophi. Como ela e Priscila usavam a mesma técnica de suprimir youki Teresa levou a vantagem em experiência de batalha, mas todas ainda estavam vivas.

Houve então a liberação da youki das executoras, mas Teresa derrotou todas sem nem mesmo liberar sua youki para mudar a cor dos olhos, provando assim o abismo entre elas. (Teresa é especialista na leitura de youki, chegando ao ponto de prever o movimento adversário pela menor mudança no fluxo do oponente.)
Teresa sabe que precisa matar Priscila ou será morta por ela um dia, mas não consegue pois a imagem de Clare lhe vem a mente. Teresa e Clare partem da cidade imediatamente tentando despistar as caçadoras.

Priscila porém está tão abalada com as habilidades e poder de Teresa que perte o controle e começa a librar seu youki sem parar. Ela encontra Teresa e as duas começam uma batalha fatal.

Priscila libera tanta youki que mesmo Teresa tem dificuldades de prever os movimentos. Irene e as outras seguem para o local da batalha para tentar parar Priscila antes que ela desperte.

Teresa também tenta argumentar com Priscila e faze-la parar, mas é inutil. Teresa ainda está usando somente poder o bastante para mudar a cor de seus olhos enquanto Priscila está a mais de 70% do seu poder youma liberado.

Tanto Irene como Teresa estão mais preocupadas com o que pode acontecer que com a ordem de execução. Priscila ultrapassa os 80% e começa a se transformar em youma, porém está tão determinada a matar Teresa que finge arrependimento e pede para ser executada, mas antes de Teresa alcança-la mata a guerreira.

Priscila desperta e se torna um despertado. Ela é atacada por Irene, mas arranca o braço da mesma facilmente. Depois é atacada por Noel e Sophi, mas mata as duas rápidamente e depois despere um golpe no peito de Irene.

Clare assistia a tudo, mas Priscila igonora a sua presença como se ela não estivese ali ou fosse digna de atenção ou mesmo ser seu alimento.

Clare pega a cabeça de Teresa e parte em busca de um homem de preto da Organização. Após algum tempo ela encontra Louvre e pede que ele coloque a carne e o sangue de Teresa em seu corpo para que ela se torne uma guerreira.

Clare se torna a primeira pessoa a bater as portas da Organização de livre e espontanea vontade.

Voltamos ao presente e após outra caçada normal somos apresentados a outra realidade: Clare quer matar Priscila e vingar Teresa, mas para isso ela precisa ser incluida em uma caçada a despertados e torcer para que esse despertado seja Priscila.

Clare é incluida em uma caçada depois que Louvre diz que ela é fraca demais, mas que lhe dará chance de testar suas limitações.

Ela conhece então Miria, A Fantasma, número 6; Denueve, número 15, e Helen, número 22. É também nesse momento que nós e Raki descobrimos o número de Clare: 47. Ela é a guerreira tida como a mais fraca de todas e consequentemente a mais despreza pelas demais guerreiras.

Miria é a única a ficar em dúvida sobre Clare durate a missão, pois já havia se encontrado com ela antes e sentiu que a mesma parecia alguém muito poderosa. Mas esse impressão aos poucos lhe parece um erro.

A missão quase fracassa e todas quase morrem. Mas Miria e Clare conseguem no fim virar o jogo e destruir o despertado.

Elas descobrem então que todas as quatro quase despertaram, mas por alguma razão voltaram mesmo depois de passar do limite. Todas também tem histórico de problemas na Organização e acreditam estar na lista negra (missões suicidas).

É a partir desse ponto que detalhes importantes da trama começam a se juntam. Temos então a equipe (Clare, Miria, Denueve e Helen) e o inimigo primário: a própria Organização.

Elas tem que passar a triblar a Organização mudando seu comportamento para assim sair da lista negra até que Miria (lider do grupo) de o sinal.

Desse ponto em diante as coisas tomam um novo rumo.
Clare e Raki se separam enquanto são caçados por Ophelia, a número 4. Uma guerreira sanguinária que mata a todos e não deixa rastros de seus crimes (por que não deixa nenhuma testemunha).

Clare reencontra uma guerreira de seu passado com Teresa e passa a fugir da Organização para procurar Raki. É assim que ela encontra pela primeira vez Dauf (despertado rank 3), Riful (abissal do Oeste), Jean (a número 9) e Galatea (a número 3).

Após uma luta mortal com Dauf e uma pequena interferência de Riful para salvar o namorado vemos pela primeira vez a foma despertada de um abissal e que algo muito errado acontece na Organização sem as dúvidas de Miria.

Jean adquire uma divida de vida com Clare. Seu corpo havia despertado, mas a mente permanecia humana e Clare imitou a técnica de Galatea para “resgata-la” de volta a sua forma humana. Fazendo que Jean mesmo fisicamente despertada retroceder o processo como Miria e as outras.

Apesar disso somente Jean encara ter uma divida com Clare, pois a própria não liga muito para esse detalhe.

Em sequência ela também cai na guerra do norte, aonde a Organização tenta conter as forças de Easley (abissal do Norte) e é nessa batalha aonde vemos uma das lutas mais incriveis do mangá no primeiro grade arco completo do mangá.

O segundo grande arco gira em torno das sobrevivêntes do norte voltando do “tumúlo degelo” e sua luta contra a Organização.

Após a morte de dois abissais e um intenso combate ainda não finalizado entre Clare e Priscila podemos admirar a “destruição” de todos os personagens pelas mãos de um dos membros da Oraganização: Dae, um ciêntista que faz experiências com corpos de cadaveres das guerreiras (apesar disso ele é um personagem incrivelmente fácil de se entender e gostar, ainda que seja estranho pensar assim).

Posso dizer por exemplo que a pouco mais de um ano todos os fãs pensaram que as guerreiras enfim ganhariam sua liberdade e destruiriam a Organização, mas agora estamos rezando pra que elas saiam vivas ainda que mutiladas da luta.

Atualmente o mangá conta com 21 volumes completos e ainda está em andamento com um total de 122 capitulos até janeiro de 2012 e mais de 10 anos de publicação.

A arte de Yagi-sensei é incrivel e diferente. Sua história tem tantas mulheres e ainda assim é um shounen que não precisa apelar para cenas de sexo para vender. É um shounen puro e com um elenco feminino predominante de todos os pontos.

O traço é diferente do que normalmente se vê nos shonens e as cenas de luta podem passar até a sensação de movimento ao leitor. Muitos dos fãs mais fervorosos (como eu) acreditam que se mandar enquadrar algumas páginas do mangá uma obra de arte digna de museu será apelido.

Fora isso o Yagi amarra muito bem as pontas da história. Ele seguiu certos padrões como: criar uma história de luta, arrumar uma equipe para a protagonista, aumentar seus aliados, deixar toneladas de perguntas no ar e dificultar o caminho cada vez mais.

Então Yagi fez algo incomum a um shounen padrão: matou muitos aliados do grupo principal. E quando digo matou é no sentido literal. Não como em algumas séries em que se reverte a morte e voltam todos a viver felizes. Morreram e de forma brutal ainda (muita tinta preta, mas eu vi tudo em vermelho), chorei quando três das minhas favoritas morreram (não vou falar disso pra criar clima).

Eu costumo dizer que ou sou mais maluca do que penso ou o Yagi é realmente incrivel, por que já cheguei a chorar em mais ou menos 30 capitulos ou mais acompanhando as lutas e as perdas das guerreiras.

Se tiver que opinar as cenas que mais me fizeram chorar seriam: Teresa e Clare, o momento em que seus corações alcançam uma a outra; a morte da Teresa e a decição da Clare (chorei rios esse dia); o caso envolvendo Irene e Clare; o pedido da Ophelia antes de morrer (chorei mesmo sem motivo); a morte das capitãs do norte; a morte da Jean; a morte do Easley eu chorei um pouquinho; e as duas últimas foram: a morte da Imperatriz Riful (amava ela) e o flashback da Cassandra (adoro ela).

Mas isso é por que amo muito essa série.
Bom, vou deixar o resto para que confiram por sí mesmos.

Anime
Abertura: "Raison D’être" de Nightmare
Encerramento: "Danzai no Hana~Guilty Sky" de Riyu Kosaka
Sobre o anime posso dizer que é uma obra de arte como o mangá.
O único e maior problema entre os fãs é que como o mangá continua e o anime só cobre até o final da batalha do norte os dois últimos episodios são exclusivos do anime, não tendo ligação com o mangá.

A quem for assitir eu aconselho ver só até o termino da primeira batalha no norte, por que desse ponto em diante as mudaças afetam o roteiro original.

Mas em termos de qualidade admito, a série é mais que perfeita também.

Referências
O autor parece fazer muitas referências a artistas, museus e até obras de arte e periodos da arte européia.

O nome do próprio contato da protagonista é uma visivel referência ao museu do Louvre na França.

A própria localização (Stav) e o nome do lider da Organização (Limt) podem se preferir ao pintor Gustav Klimt. Ou uma estatua de uma deusa chamada “August” que teria sido produzida na era “Renoir”, clara referência ao pintor August Renoir.

Existem várias referências como essas escondidas nas páginas de Claymore, o que acaba gerando um bom plano de curiosidade sobre a que o autor poderia estar se refêrindo e até mais interesse por parte do leitor no tema (muito embora isso possa ser uma caracteristica minha).

Claymore, a Arma
As espadas das guerreiras é baseada em uma arma real muito usada no século XV e XVII.

Referece a uma espada escocesa que devido a seu tamanho tinha que ser empunhada usando as duas mãos, o que impossibilitava o uso de escudo.

Uma claymore possuía uma empunhadura em forma de cruz, sendo o guarda-mão voltado levemente para a ponta, com peso médio de 3 kg, comprimento de 1,40 m, sendo 1, 07 m de lamina de duplo gume, mais estreita e leve que uma espada montante.

Suas versões posteriores e menores foram usada no combate montado, mas o principal uso da claymore tradicional era na infantaria e quase sempre tinha a função de quebrar uma linha de escudos ou a linha de frente de piqueiros, abrindo espaço para a cavalaria.

Do século XVII até a Segunda Guerra Mundial a claymore ganhou várias versões menores e mais leves para uma mão só cujo guarda-mão era um “cesto” que envolvia toda a mão com a empunhadura.

Apesar do tamanho, a Claymore não foi a maior espada já usada. Se comparada com a montante (1,60 m) ou a flambérgia (1,70 m) ela era pequena.

Normalmente espadas desse porte tinham a função de quebrar escudos quando usadas pela infantaria e rasgar cavalo e cavaleiro quando usadas no combate montado

Onde ler:
Quem estiver interessado pode comprar o mangá licenciado pela Editora Panini (Selo Planet Mangá).

Atualmente a editora já lançou o volume 17.
Os mangás custam R$ 9,90, mas apartir da edição 18 deve haver um reajuste de preço para R$ 10,90 (ou R$ 10,50).

A periodicidade, antes bimestral, passou para trimestral no Brasil para ajudar a criar um espaço maior entre os últimos volumes lançados no Japão.

Como as editoras funcionam de forma misteriosa (?) o espaço entre um volume e outro varia em até 5 meses.

Mas se antes de comprar você preferir ler um pouco para ver se gosta pode usar os links abaixo:

Leitura Online:
http://centraldemangas.com.br/
http://www.punchmangas.com.br/lista-de-mangas/
Para achar a série em ambos os sites é só seguir a ordem alfabética.

Download:
http://www.chrono.com.br/
A tradução da Chrono é muito boa na maior parte da série. Não sei se por falta de pessoal ou problemas pessoais do pessoal da staff deles senti que de alguma forma o trabalho declinou um pouco, mas a série faz parte do seu grupo de projetos ativo regular.

Recomendado para os últimos capitulos:
http://scarletrosescans.blogspot.com/
Não é um projeto regular do Scan, mas é a melhor tradução atualmente.

Comunidade do Orkut:
http://www.orkut.com/Community?cmm=21500563&hl=pt-BR
Toda e qualquer dúvida da série pode ser discutida nessa comunidade.

Fontes para esse Artigo: Wikipédia; Revista Neo Tokyo; Mangá Claymore Panini; Mangá Claymore Online; Anime Claymore.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Claymore

Pate 1 de 2
(Na verdade era pra ser uma única postagem, mas o texto ficou muito grande para fazer assim. Então é outra matéria em duas partes.)

Um Mundo de Mulheres em Guerra

Claymore (クレイモア, Kureimoa, Claymore) é um mangá escrito e ilustrado por Norihiro Yagi e publicado mensalmente pela Monthly Shonen Jump desde 2001.

A revista foi encerrada e atualmente, a publicação continua na Jump Square com periodicidade mensal.

Uma adaptação para anime foi feita pela Madhouse e exibida pela Nippon TV, contém 26 episódios de 23 minutos de duração cada.

O Mundo
A história de Claymore se passa em um mundo medieval imaginário.
O ambiente em que a história se passa é um grande continente que é considerado pelas pessoas que nele moram o único do mundo (pois nenhuma expedição para fora dele teve sucesso).

Os cenários variam constantemente desde uma floresta a grandes montanhas geladas ou desertos, cannions, cidades ricas ou pobres.

Nesse mundo duas raças convivem em conflito: os humanos e os Youmas.
Os humanos são pessoas normais que estão sempre a sombra do medo pela ameaça que os youmas representam.

Youmas são criaturas ancestrais. Predarores perfeitos que se alimentam de humanos (das vísceras para ser mais exata). Os humanos não consequem combater os youmas pois os mesmos ao devorarem um humano conseguem assimilar todas as suas memórias, manias e forma fisica, enganando facilmente seus amigos e familiares mais próximos.

Para combater os youmas surgiu há muito tempo uma organização secreta e sem nome que começou a criar híbridos das duas espécies, que ficaram conhecidos entre os humanos como Claymores devido as grandes espadas claymores que carregam em suas costas.

Uma Claymore se torna uma hibrida ao ter a carne e o sangue de um youma implantados em seu corpo atrávez de um metodo extremamente dolorido e perigoso que somente a Organização domina. Pelo fato de serem híbridas as Claymores são temidas pelos humanos mais do que um youma.

Uma guerreira ultiliza um poder chamado YOUKI (aura do monstro), proveniente de sua parte youma para aumentar sua força, velocidade, agilidade e poder de recuperação no combate aos youmas.

A principal caracteristica de uma Calymore são seus olhos prateados, que com a lireração do youki ficam dourados. Todas as guerreiras são loiras, independente da cor de cabelo que possuiam antes da transformação (embora existam casos isolados de guerreiras coloridas, também chamadas de experiências fracassadas). Algumas ainda podem ter orelhas pontudas “elficas” dependendo de como seus corpos reagiram ao proceso que as tornou hibridas.

A principio todas as Claymores apresentadas são mulheres, mas a Organização já últilizou homens em seus serviços, mas tal experiência não teve o sucesso esperado. Desde então somente mulheres foram aceitas na Organização (leia mais em Kakuseishas).

O quadro de guerreiras oficiais da Organização conta com um total de 47 guerreiras, que representam as 47 regiões do continente. O número de aprendizes porém pode ser de quase cem guerreiras para substituição em caso de morte de uma oficial.

Sendo a mais forte a número 1 e a mais fraca a número 47. A faixa de maior rotatividade de guerreiras é entre os números 30 e 47, que são frequêntemente substituidas.

As Guerreiras (Claymores)
Uma Claymore possui a aparência de uma mulher humana (normalmente muito bonita, embora existam algumas exeções).

Uma claymore era originalmente um ser humano normal. Em sua maioria meninas orfãs expulsas de suas vilas por conta do medo dos demais moradores do único sobrevivênte de uma família em que um youma se escondeu.

Sem ter uma casa, comida ou um meio de se proteger essas garotas buscam a organização como meio de sobrevivência. Elas então são transformadas em hibridos tendo a carne e o sangue de um youma inserido em seus corpos.

Algumas criam um forte desejo de vingança que pode leva-las a loucura devido a suas lembranças humanas por verem seus familiares serem devorados por youmas.

Existe também uma outra forma de criar uma guerreira hibrida. Como o caso da protagonista Clare que tem a carne e o sangue de outra guerreira implantado em seu corpo (Teresa do Sorriso Enigmático), fazendo dela uma guerreira apenas 25% youma.

Devido ao fato de serem hibridas todas tem olhos prateados (o que também lhes rendeu o apelido Bruxas Cinzentas).

Uma guerreira precisa de pequenas porções de comida a cada três ou sete dias e água a cada três dias, o que as qulifica para logas jornadas pelos grandes desertos do continente. Apesar disso existem guerreiras que sentem fome normalmente e outras que após uma experiência de quase despertar sofrem um aumento significativo de apetite.

Uma guerreira tem mais força que um humano e por isso pode manipular uma espada claymore com uma única mão. Elas também são mais rápidas em velocidade e agilidade que um youma. Algumas podem ler o fluxo de youki do youma de forma tão perfeita que conseguem até mesmo prever seus movimentos antes de serem executados. Outras podem fazer movimentos de espada tão rapidos que nem outra guerreira no rank seguinte de força conseguem ver, enquanto outras adquirem a habilidade de estender seus membros (braços e pernas) “facilmente”.

Claymores vestem um uniforme que consiste em uma peça só e apertada ao corpo de uma calça longa e uma camisa de manga comprida. Guerreiras com poderes de metamorfose fisica podem recolocar partes ou o uniforme todo com uma malha de material diferente que pode se esticar para se igualar as mudanças.

Acima disso, elas usam algumas peças de armaduras como: protetores de pescoço, grevas de metal, vembrassas (largos protetores de pulso feito de metal), ombreiras longas e uma saia parcial de metal para as mulheres. Para os homens, um cinto longo de metal e um protetor genital. E finalmente, usam uma capa curta junto com um pedaço de pano marcado com seu específico símbolo de certificação ligado a região abaixo do seu pescoço.

Cada Claymore tem um símbolo único que serve como uma marca de identificação. Essa marca também aparece na espada e em Cartas Negras que lhes forem designadas. (Leia mais em A Carta Negra)

Entre as guerreiras existem dois grupos distintos: guerreiras defensivas e guerreiras ofensivas. Tal diferença surge no momento da transformação em hibrido. Uma guerreira defensiva é aquela que acaba inconciêntemente buscando a própria sobrevivência e uma ofensiva é aquela que volta todo o seu ser em direção a justiça ou vingança.

Assim os dois grupos apresentam diferenças nas habilidades de combate e uso do poder youma.

Benkai (Defensivo): A categoria defensiva é dotada de uma incrível habilidade auto-regenerativa. Uma característica única desse estilo é que uma Claymore que perde algum membro consegue regenerá-lo após certo tempo, e o novo membro mantem a sua força e proeza original. Também podem recuperar órgãos vitais (menos o coração). Atingir sua cabeça ou separa-la do corpo é a forma mais eficiente de matar um guerreiro defensivo.

Shuukai (Ofensivo): A categoria ofensiva é capaz de executar ataques mais poderosos. Entretanto não são capazes de regenerar membros perdidos com eficiência. Se um Claymore desta categoria perder um membro e tentar regenerá-lo, este terá a mesma força de um membro humano. Apesar disso, Claymores dessa categoria podem reatar seus próprios membros perdidos caso esses estejam inteiros e a ferida da qual tenham sido perdidos não tenha sido feita a muito tempo. No caso de órgãos vitais (estomago, pulmão) é improvavel que a guerreira sobreviva ou se regenere.

Durante a série é citado o nivel de liberação do youki, mas além de não ser exato ele é propenso a grandes falhas no que diz respeito a alguns personagens.

Porcentagem de liberação de Youki:
A partir de 10%: Os olhos mudam de cor;
A partir de 30%: O rosto fica distorcido;
A partir de 50%: O corpo sofre alterações para o estado Youma;
A partir de 70%: A mente fica confusa e torna-se 70% Youma;
A partir de 80%: Ponto tido como sem retorno — passando desse limite é, teoricamente, impossível impedir a transformação em Kakuseisha.

Já participei de muitas discuções entre fãs e com isso chegamos a um meio termo sobre alguns pontos do poder das guerreiras.

Todas estão usando o youki desde o inicio, porém até 9,99% não existe alteração fisica.
Da mesma forma entre 10% e 29,99% a mudança ocorreria somente na cor dos olhos e assim por diante.

Não existe algo como uma base sólida para essas teorias, apenas um alto número de discuções entre fãs que acabaram concordando depois de muito tempo e observações cuidadosas.

Kakuseisha
Uma Claymore é um humano transformado em hibrido.
Essa transformação apesar dos beneficios fisicos para as batalhas cobra um alto custo das guerreiras que vão aos poucos se convertendo em youmas.

A transformação não é certa, mas para que uma Claymore se mantenha longe dela é necessário uma grande força de vontade fisica e mental para resistir ao impulso de liberar todo o seu poder.

Caso não resistam a esse impulso podem despertar se tornando Kakuseishas ou, na tradução, Seres Despertados.

O principal motivo da organização não usar mais homens é sua facilidade em despertar.
Segundo as próprias guerreiras da Organização a liberação de youki proporciona ao indivíduo um prazer semelhante ao prazer sexual.

Por esse razão ao liberar o youki pela primeira vez o hibrido homem despertava de imediato. Porém as mulheres demonstraram maior reistência sendo mantidas como armas enquanto os homens foram excluidos da seleção. Mas existem mulheres que tem até mais problemas que os homens para controlar a liberação de youki.

O despertar de um guerreiro (homem ou mulher) causa ao mesmo a mais profunda dor e o maior prazer, pois todo o poder que estava até então contido em seu corpo é liberado de uma só vez.

Um Despertado é uma criatura dotada de toda a inteligência que tinha como humano, porém com um poder muitas vezes maior e uma incrivel fome por vísceras e sangue humano.

Quando uma Claymore desperta ela perde sua humanidade que a mantinha lutando contra os youmas e se volta contra os humanos para poder saciar seu apetite (que após a transformação é maior que a de um despertado mais velho).

Existem indicios que um despertado (homem ou mulher) que vive por muito tempo e mantem uma “dieta” contante pode, com o tempo, passar a comer menos que um youma normal. Porém uma das condições para esse estado se concentra em não usar poder em combates e, talvez, nas condições emocionais do indivíduo.

Despertados tem sentimentos como um humano. Raiva, admiração, desejo, amor, e outros. Alguns inclusive tem tantos sentimentos que se torna dificil diferencia-los de humanos nesse ponto.

A Carta Negra
Uma guerreira pode sentir quando não pode mais conter sua porção youma.
Quando os primeiros sintomas começam a aparecer ela pode seguir por alguns caminhos diferentes:
continuar tentando conter o poder e conseguir inpedir o despertar (embora os casos sejam raros), despertar de vez (essa escolha tem poucos adeptos) ou solicitar sua execução pela Organização.

Normalmente quando uma guerreira sente seu despertar se aproximando ela retira da bainha de sua espada uma “carta” negra com seu simbolo desenhado e pede que o homem de preto ou ela mesmo entrega a sua colega mais próxima para que seja executada.

Normalmente a guerreira pode solicitar que sua melhor amiga entre as guerreiras ou alguém que ela admire dentro da Organização seja o seu executor.

Apesar de ser cruel visto de fora, as guerreiras se sentem muito agradecidas quando são atendidas em seus pedidos de execução e suas executoras tem em mente que cumprir o pedido da companheira é a maior prova de que de amizade entre elas que podem dar.

Alguns despertados como Easley Prateado do Norte, Imperatriz Riful do Oeste, Luciela do Sul e outros tem até a capacidade de voltar à forma humana e agir como humanos normais.

Deserção
Uma guerreira também pode ser condenada a execução de se sair da Organização.

Em teoria e pratica, uma guerreira é uma propriedade da Organização, por isso a menos que a própria Organização a despense de suas funções a guerreira deve morrer lutando contra os youmas ou ser executada pela carta negra.

Quando uma guerreira deserta da Organização um grupo de caça é colocado no seu encalço para executar a traidora.

Já aconteceu de uma guerreira ser dispensada e depois readimitida no quadro da Organização, mas foi o único caso de dispensa da história da Organização e consequêntemente o único de readimissão.

A Regra
A Organização tem várias pequenas regras.
Ser discreto, obedecer suas ordens sem reclamar, não arrumar problemas para a Organização.

Mas somente uma regra é tida como superior as outras: “Não matar humanos”.

Uma guerreira luta pelos humanos, mas a regra foi estabelecida para que nenhum humano fosse morto em nenhum caso.

Se por acidente uma guerreira matar um humano enquanto luta contra um youma, ela será executada por suas companheiras como traidora.

Se uma guerreira matar um humano que a atacou fisicamente ou um bandido que pudesse estar matando outros humanos também será executada como traidora.

Muitas guerreiras já foram executadas por matar humanos por razões das mais simples as mais complexas.

O caso mais notavel seria o da guerreira de rank 1 Teresa do Sorriso Enigmatico, que após executar um grupo inteiro de bandidos fugiu de sua primeira execução tendo incapacitado todas as suas companheiras presentes. Seu segundo grupo de busca apesar de ter exito na execução foi dizimado por uma das guerreiras que perdeu o controle.

Abissais
São guerreiros de número 1 que despertaram completamente. Só houve três vezes que isso ocorreu: uma da geração dos homens e duas da geração das mulheres. São considerados os mais poderosos seres despertados de todo o mundo retratado em Claymore.

Riful (リフル, Rifuru)
Da primeira geração das mulheres, foi a mais jovem da história a ser a número 1 e a mais jovem a despertar. Vive com Dauf, um despertado que era rank #2. É dona das terras do Oeste e tem uma personalidade sádica. Quando Easley começou a tomar posse de algumas terras, ela passou a montar um exército, e assim passou a torturar guerreiras para despertá-las e assim usá-las contra o exército de Easley. Seu corpo humano é de uma criança, com cabelos escuros. Na sua forma despertada, seu corpo é enorme e tem aparência de uma mulher adulta, ela possui lâminas por todo o corpo. Não se sabe como ela pode ser vencida, pois já se mostrou no mangá que mesmo se ferir sua cabeça, nada vai adiantar.

Easley (イースレイ, Īsurei)
Da primeira geração de homens, Easley é dono da porção Norte das terras. Ele encontrou Priscila em uma cidade quando esta começou a invadir vilas, e assim que foi demonstrado a superioridade de Priscila em relação à Easley, este jurou lealdade e ficou com ela. Como a Priscila é um despertado que, teoricamente, não pode ser derrotado nem mesmo por um ser abissal, Easley resolveu tomar as outras terras. Ele que estava por trás da guerra do Norte, quando havia um grande número de despertados para acabarem com 24 guerreiras. Easley foi morto recentemente pela mais nova arma da Organização contra os Abissias, os chamados Abissal Feeders (深淵喰い, Shin'en Gui, Devoradoras de Abissais ou DA's como ficaram conhecidas entre alguns fãs).

Luciela (ルシエラ, Rushiera,)
É irmã da Raphaela. Foi experimento pioneiro da organização, que consistia basicamente em uma irmã despertar completamente e entregar a consciência para a outra irmã para que ela possa retornar à forma humana. Era um processo arriscado, e assim Raphaela não conseguiu "segurar" Luciela, o que causou o despertar completo dela. Ela lutou com Easley para defender as terras do Sul — das quais era dona —, porém não conseguiu fazê-lo e fugiu. No caminho, encontrou Raphaela que tinha como missão matá-la.

Contudo, Raphaela estara confusa sem saber se deveria matá-la como manda a Organização ou se deveria protegê-la como diz seu coração de irmã. Então acaba criando uma solução que englobaria ambas finalidades: fundi-se completamente a irmã, colocando-a e a si mesma em um estranho estado vegetativo — onde mais tarde são encontradas por Riful que planeja despertá-las num ser extramente poderoso à sua mercê.

Easley foi morto recentemente pela mais nova arma da Organização contra os Abissias, os chamados Abissal Feeders (深淵喰い, Shin'en Gui, Devoradoras de Abissais ou DA's como ficaram conhecidas entre alguns fãs).

Riful também foi vitima dessas criaturas, mas teve que enfrentar Alicia e Beth, as gêmeas números 1 e 2 da Organização além de serem as versões perfeitas do projeto iniciado com Raphaela e Luciela. Mas Riful morreu mesmo pelas mãos de Priscila (depois da mesma ter matado Alicia e Beth como se fossem bebês).

As devoradoras são um tipo de guerreira criada através da carne e sangue de um despertado. Sua única razão de viver é devorar o alvo definido (Easley e Riful) seguindo-os atraves do cheiro e dos movimentos.

São capazes de se regenerar de quase todos os ferimentos (exeto a cabeça arrencada).

Na segunda parte irei falar da história em sí e passar informações sobre onde ler o mangá e sobre o anime.

Sobre as matérias eu estou pensando em outras, mas por hora estou escrevendo sobre os assuntos que mais gosto e entendo.

Então até a próxima postagem.

Fontes para esse Artigo: Wikipédia; Revista Neo Tokyo; Mangá Claymore Panini; Mangá Claymore Online; Anime Claymore; Comunidade Claymore Anime & Mangá no Orkut.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Animes No Brasil

Correndo Atrás: Outro Mundo, Outros Conceitos

Não é de hoje que a cultura japonesa vem, aos poucos, invadindo o mundo.
Na década de 80 e 90 os animes ou desenho animado japonês invadiram nosso país com grande força.

Uma febre entre os milhares de adolecentes da época, que estavam atrás de algo diferente ou mais animador.

Foi nessa época também que milhares de pais fizeram duzias de abaixo assinados contra as redes Manchete, Bandeirantes (Band), SBT, Record e Globo, bom na verdade eram pedições “exigindo” a inturrupção daqueles programas “nocivos” a mente de seus filhos (Perai! Cadê o poder deles como pais de pegar uma cinta e descer na bunda dos filhos?!?!?! E sim, sou a favor de umas palmadas e cintadas. Ajudam a formar o carater. Ajudaram a me manter 90% na linha).

Agora um fato muito engraçado relacionado aos pais dessa época: quando eles eram crianças ou mesmo adolecentes se reuniam todos nas casas uns dos outros para assistir os seriados mais legais da época: Jaspion, Ultraseven, Ultraman, Patrulha Estelar Flashman, Jaspion 2, entre outros. Aonde está a piada?

Bom, são todos seriados japoneses.
Mas continuando. Vou usar muitas das minhas experiências com meus pais em alguns momentos, então desde já desculpem qualquer lapso (por que vai haver pelo menos um).

A TV Manchete foi sem dúvida alguma o paraíso para muitos fãs (chamados no Brasil de “Otakus”, para nós significa fã de anime, mas no Japão tem uma conotação pejorativa... falemos disso mais tarde).

Foi atráves dela que muitas séries chegaram ao Brasil e mesmo depois de sua extinção continuaram famosas a ponto de outras emissoras comprarem (eu assisti um ou dois episodios de Cavaleiros na Manchete quando tinha uns quatro anos, por acidente mas assisti).

Já naquela época tinhamos a censura de certas cenas, muito embora segundo fãs da época com quem já conversei não fosse metade do que é hoje.

Record, Band, SBT e Globo se arriscavam no mesmo caminho da Manchete, mas havia uma diferença grande com relação a audiência quando o assunto era animes.

Depois que a Manchete fechou os fãs tiveram que se contentar com as outras emisoras.

Não foi fácil.
A Globo sempre adorou ser a “Mademe Certinha” e com isso censurou muitos animes na tesoura mesmo.

O SBT é a emissora “chove não molha” que uma hora passa um programa em um horario outra hora em outro.

E a Band... sorte de quem a TV pegava a Band  no horario certo. O mesmo sendo valido pra Record.

Muitos fãs ao ouvirem menção de um anime na TV aberta tremem de medo. Se a série passar no SBT, Record ou na Band ainda alivia o medo, mas quando é na Globo todo mundo chora de tristeza e, principalmente, panico.

Sei que estou soando exagerada, mas imagine que você aconpanhou uma série X pela TV a cabo ou pela internet. Então anunciam que essa mesma série passará na TV aberta, só que em determinada altura você repara que por comodidade da faixa etária do horario eles simplesmente editaram QUATRO episodios inteiros de VINTE E CINCO à TRINTA minutos por que era muito violênto, tinha muito sangue para UM ÚNICO episodio de VINTE MINUTOS.

Pois acreditem, a Globo fez isso com uma série chamada Rounin Kenshin ou Samurai X no Brasil. A Globo pode não admitir, mas quem acompanhou a axibição dela e assistiu a versão original sabe que é verdade.

A Band passou uma série chamada Slayers durante alguns dias para “tapar buraco” da programação depois das 23 horas. Acredite quando digo, a série foi feita para esse horario, não cabe em nenhuma hora antes dàs 20hs e depois dàs 6hs.

Vai parecer engraçado o que vou dizer, mas não é.
No Japão cada série tem um horario na programação e não é por acaso.

Algumas séries tem cenas com mais violência que filmes americanos (aonde corpos dilacerados com partes de órgãos humanos e muito sangue aparecem), ou com cenas de sexo explicito que são mostradas com mais detalhes que alguns filme pornos.

Outras são mais leves mas ainda se encaixam em séries adultas ou que precisam de supervisão.

O que as emissoras, o governo e a própria população não entendem é que uma série animada não precisa ser pra criança (South Park só tem palavrão e os personagens são fofos a primeira vista).

Se você passa uma série americana ou uma novela brasileira com cenas de sexo ou de violência só depois
dàs 20hs por que vai passar um anime com o mesmo conteudo às 10 horas da manhã? Pra editar e deixar infântil? Então não exiba o anime. Ou melhor, nem compre os direitos de exibição.

Infelizmente nenhum fã tem essa sorte e as emissoras não parecem dispostas a exibir um anime como um programa independênte e também não parecem muito propensas a criar uma programa de exibição de animes vilentos no horario adequado só nos resta mesmo os fansubers (sites de fãs para fãs que faz a legenda de episodios dos animes para que não seja necessário esperar sua licença de exibição no Brasil).

Mas vamos deixar as emissoras de televisão cuidando de suas “boas imagens” (não vamos mexer no defunto pobre que tá fedendo).

Em meio a todas as diferenças entre as duas culturas os animes trouxeram outras mudanças no que diz respeito ao bairro japones de São Paulo.

Se você vai no bairro da Liberdade, em São Paulo, em um domingo vai cruzar com um número de ocidentais quase igual ao de orientais por lá.

Seja nos mercadinhos, lojas, restaurantes, shoppings galeria ou no metro.

Inclusive na saída do metro na Praça Liberdade é normal encontrar um grande número de jovens reunidos aos sábados e domingos, sendo que de cada 20 pessoas com quem você cruzar nesse ponto existe a grande possibilidade de 10 serem ocidetais sem nenhuma descendência oriental.

Lá também é possível assistir a animes que são exibidos em lojas que vendem DVD's de diversas séries.

Sendo assim, um único passeio pelos shoppings de de galeria outro meio de conhecer mais animes e pontos da cultura japonesa.

Lá também tem lojas de camisetas estampadas na hora, roupas orientais, comidas e mercados com os mais variados produtos japoneses.

A maioria dos fãs usa fansubers ou o bairro da Liberdade para adquirir e encontrar novas séries. Por que é a única forma de achar as séries sem censura, mesmo com o audio em japones e legendado (admito que gosto disso).

Atualmente com o mercado brasileiro de animes tão destruido e pobre para os fãs seja nas redes de TV aberta como nas fechadas se não houvessem os fansubers e as lojas da Liberdade poucas séries seriam realmente conhecida no Brasil em sua versão animada.

Apesar de tudo isso o Brasil ainda é reconhecido no mercado de animes por um detalhe muito importante e apreciado pelos fãs: a Dublagem.

A dublagem brasileira é considerada a segunda melhor do mundo em termos de animes e as vezes supera muito a dublagem japonesa original em termos de qualidade de sincronismo.

Mas não é uma categoria muito reconhecida no Brasil (apesar de todo mundo gostar de filmes legendados por comodidade).

Fontes para esse arquivo: Revista Anime DO; Revista Neo Tokyo; minhas visitas ao bairro da Liberdade; conversas com fãs; conversas com meu pai (falando das séries antigas que ele assistia) e mais alguma coisa que esqueci.

sábado, 21 de janeiro de 2012

O Mangá no Brasil

Parte 2 de 2

As editoras e os Titulos

Apesar dos mangás estarem presentes na arte brasileira desde de os anos 70 foi realmente só no fim dos anos 80 inicio dos 90 que sua forma tomou força.

Primeiramente por que foi nesse periodo que os primeiros animes de renome mundial foram trazidos e causaram grande alvoroço, além do aumento no número de titulos trazidos durante esse periodo para o país.

Sou uma das pessoas nascidas na década de 90 e pessoalmente tenho que dizer que foi, depois das duas guerras mundiais uma das décadas mais agitadas do século XX. Principalmente pelo fim da guerra fria, a grande explosão cultural decorrente do fim dos regimes militares no mundo todo (inclusive nos EUA que só não assumiu a ditadura classica, mas infringiu os mesmo danos que uma ditadura convencional ao próprio povo e ao mundo. Mas deixemos isso de lado agora.) e a internet.

Uma caracteristica dos primeiros mangás é o espelhamento ou, se preferir, uma adaptação estética para o modo de leitura a que estamos acostumados.

Porém quando os primeiros mangás de Dragon Ball (DB ou DBZ) e Cavaleiros do Zodiaco (CDZ) vieram para o Brasil na mesma época que Sakura Card Captor (SCC) sua formatação manteve o modo de leitura oriental. Assim os mangás começaram a entrar no mercado grafico brasileiro em sua forma original e com mais força devido ao acompanhamento de seu irmão anime nas redes de TV aberta.

Ainda assim haviam grandes preconceitos que dificultavam o caminho dos mangás no Brasil, sendo as maiores a falta de cores e o sentido de leitura.

Por conta da dúvida em relação as vendagens dos mangás os primeiros titulos não tiveram um tratamento muito estético relevante. Algumas editoras usavam olhas melhores e pecavam nas capas, outras davam capas mais resistentes e usavam um papel muito parecido com o de jornal (apenas um pouco mais resistente).

A editora de mangás mais famosa por alguns anos foi a Conrad e devo admitir que sua qualidade e prestigio só se perderam nos últimos anos. Foi ela que lançou no Brasil os mundialmente famosos: Dragon Ball, Dragon Ball Z e Cavaleiros do Zodíaco, além de séries mais pesadas como: Evangelion, Blade, Chonchu, Vagabond, Beatle Royale e Sanctuary. E outras: Paradise Kiss, Princess Ai, Cavaleiros do Zodiaco Episode G, One Piece.

Atualmente suas puplicações se resumem a Battle Royale.

Temos também a Editora JBC, que atualmente disputa o lugar de “Melhor Editora de Mangás do Brasil” entre os leitores. É uma das editoras com o maior leque de publicações no momento e também com os mais variados genêros, indo desde os populares shoujos e shonens até os ousados hentais e homossexuais, bom, ousados para a nossa cultura “puritana” na verdade.

Suas publicações em papel jornal se tornaram uma espécie de tradição entre os leitores que provavelmente sentirão falta se ele for substituido por um tipo diferente de papel agora. A resistencia do papel parece ter aumentado, mas ainda tem a mesma cor amarelada de sempre (como leitora eu admito que gosto muito).

Suas publicações incluem: 8 obras do Clamp (Sakura Card Captor, XXXHolic, X/1999, Guerreiras Magicas de Rayearth), Inu-Yasha, Rounin Kenshin (Samurai X), Love Junkies, Futari H, Full Metal Alchemist, Migi Magister Negima (Maho Sensei Negima), HunterXHunter, Tenjho Tenge, Cavaleiros do Zodíaco Lost Canvas, NANA, Love Hina, Death Note, Utena a Garota Revolucionária (Shoujo Kakumei Utena), entre muitos outros.

Depois temos a Editora Panini, que é a rival em potencial da JBC. Atualmente tem tantos mangás em publicação quanto a JBC. Tem um atrativo para com um público mais exigente mantendo muitos termos em japonês; na verdade são coisas simples, mais que contam muito para os leitores mais exigêntes. Coisas como: san, tono, sama, chan, kun, hime; termos como: ienes, Nara, kankeri, chakra, akatsuki, kyuubi, shinobi, rasegan, chidori, sennin. E isso mantem um público fiel e fervoroso (que o diga o Vincent, membro da comunidade da editora no Orkut). Claro que isso se deve ao trabalho e dedicação da equipe de edição, todos Otakus assumidos.

A atual editora-chefe da Planet Mangá no Brasil é Elza Keiko, também  mangáka brasileira. Devido ao grande número de cartas e e-mails que a editora recebe alguns mangás ganharam seções especiais aonde os editores respondem a perguntas de leitores sobre todos os assuntos. Ao dizer todos incluo pedidos de retorno da seção de cartas, dúvidas de publicações e confições de leitores solitários em suas cidades (sei disso por que acompanho, além já escrevi e me responderam, quase chorei nesse dia).

Os titulos incluem grandes sucessos, obras de terror e até mesmo alguns desconhecidos que com o tempo conseguem um grande número de fâs: Bleach, Naruto, Colégio Ouran Host Club, KareKano, Kare First Love, Abara, Marmalede Boy, Claymore, Galism, Vampire Knight, MeruPuri, One Piece (que mudou de editora após problemas da Conrad com a editora japonesa), entre outros.

O número de titulos puplicados no Brasil tem crescido de forma tão rápida que muitos fãs chegam a dizer em forúm que o mercado de mangás está superaquecendo ou seja: tem mais mangá para eles comprarem que dinheiro na carteira.

Tivemos a alguns anos uma parceria das Editoras NewPop e Lumus que entraram discretamente nesse disputado mercado com titulos curtos, porém interessantes e cativantes, obvio que cada um a sua própria maneira.

Alguns titulos que podemos citar das editoras são: Ark Angels (3 edições), Tarot Café (7 edições), the Dreeming Sonho Macrabro (3 edições), Dark Metro (3 ediçoes), Vampire Kisses (3 edições), Priest (em andamento), Planet Blood e outros que vierem a surgir.

A Lumus desapareceu do mercado de mangás tão rápido quanto entrou.
Já a NewPop permanece mantendo uma linha diferente de mangás. Como fã posso dizer que ela é a editora que dá o melhor tratamento estético aos mangás. Suas páginas são de qualidade visivelmente superior as demais e suas capas são um pouco mais resistentes. Obviamente seu preço também é maior o que a torna uma editora de poucos titulos e de titulos curtos. Porém para os fãs de Speed Racer ela publicou o mangá original em um formato muito especial (e caro, única razão que eu ainda não comprei).

Hoje o sucesso dos mangás já influênciou desenhistas coreanos, europeus, americanos e brasileiros.

Na Coreia do Sul nasceram os Manhwa’s, que aqui no Brasil tem como sua representante oficial a manhwaga Park Sang Sun, autora de dois titulos já lançados no nosso país: “Tarot Café” e “Ark Angels”.
Na Europa temos uma mangáka japonesa que trocou a correria das editoras nipônicas pela traquilidade das editoras européias. É lá que Keiko Ichiguchi mora, seu único mangá publicado no Brasil é “1945", ele fala sobre o conceito de ser humano no meio da 2ª Guerra Mundial.

De volta e ainda no Japão encontramos:
Rumiko Takahashi, nascida em 10 de Outubro de 1957, em Nigata. Ela é a mangáka mais bem paga de todo o Japão, com mais de 20 anos de carreira. Tem alguns dos titulos mais longos da história do mangá com a sua assinatura: “Ranma ½" 38 vol., “Inu-Yasha” mais de 50 vol., “Urusei Yatsura” 34 vol, entre outros.

Ryoko Ikeda, nasceu em 18 de Dezembro de 1947, em Osaka. Um nome clássico no mundo do mangá. É extremamente exêntrica e caultelosa com suas obras sempre impondo condições quanto a publicação em outros países, o que apesar de restringir o alcance de suas obras ajudou a livra-las de boas roubadas. Sua obra mais conhecida é “Berusayu no Bara” ou “A Rosa de Versales”.

Claro que também existem sites para fãs que não querem esperar. Um exemplo são sites americanos com scans (páginas digitalizadas) dos capitulos muitas vezes recem-lançados no Japão que são traduzidos a velocidade assustadoras do japones para o inglês e depois para o português ou até mesmo do japones para o português. Existem muitos scandors no Brasil, bem como sites de leitura online (alguns informam que determinado mangá está licenciado por editora “X” e pede para que compremos o mangá também, outros nem mencionam) aonde suas listas de titulos tem mais de 300 nomes sem nenhum problema.

Claro que a paciência brasileira é pouca, afinal achamos ruim atrasos de até 4 meses (eu mesma esperei um mangá que foi lançado com quase um ano de atraso). Agora imagine você, um japonês que começa a acompanhar uma série em uma revista como a Shonen Jump e vai ter que esperar até quatro meses depois da publicação do 6º capitulo da série para ter seu encadernado nas mãos. Em um total de cinco a sei meses desde a publicação do primeiro capitulo. Isso se a série for semanal.

Se for quinzenal ou mensal a espera poderia facilmente chagar a um ano completo ou mais.

Recentemente no Brasil o desenhista Maurício de Sousa, após mudar da editora Globo para a editora Panini suas publicações, fez a sua “Turma da Mônica Jovem” no estilo mangá. Embora, pessoalmente, um pouco da magica original tenha se perdido em um primeiro momento tenho que admitir que era obvio que em algum momento todos pensamos quando será que a Mônica e sua turma vão crescer? Se só eu e mais ninguém nunca pensou tem problemas mentais. Brincadeira.

Vou ser sincera e deixar o tom semi-informal (aonde?) que usei até agora (cuma?).

Desde que o Mauricio de Souza lançou a Turma da Mônica Jovem muitos outros titulos ganharam verções mangá e pessoalmente não gosto muito deles. Não pelo traço e tals, mas por que um é repetição do outro.

Até o momento Mônica e sua turma se mantem com o primeiro lugar declarado na minha opinião, justamente por que mantem uma originalidade que os outros não conseguiram.

Claro que eles ainda fazem sátiras de tudo que podem. Crepusculo, Dragon Ball, Naruto, Ragnarok, até deles mesmos misturando tantas referências juntas em um único grupo que me deixa tonta. Mas ainda são a turma da Mônica e não apelaram para um semi-plágio direto. Além disso com a nova versão dos mesmos personagens o Mauricio conseguiu abordar temas muito sérios dos jovens.

Em uma de suas histórias em dois volumes ele conseguiu abordar o bulling que as pessoas gordas e deficiêntes sofrem, a bulimia e até uma doença desconhecida pela maioria chamada hipotiroidismo que afeta a forma do corpo produzir enzimas para queima de calorias, alguns hormonios, aumenta o sono e podem aumentar o apetite da pessoa (sei disso por que tenho hipotiroidismo).

Continua sendo uma história com os mesmos conceitos de antes, porém pode abordar mais temas e assuntos mais sérios que uma criança não levaria a sério, mas um adolecente pode começar a considerar.

Ao invés disso outras histórias tem mantido um padrão de Ctrl-C /Ctrl-V de filmes e outras séries (por que pra começar todas surgiram cerca de seis meses a um ano depois do Mauricio de Souza lançar a Turma da Mônica Jovem). Nada contra de verdade, mas faça algo no mesmo conceito do original, você não precisa mudar a alma da história pra dar certo. Pode fantasiar? Claro. Sempre é bom exagerar um pouco, como nos sonhos. Mas, digo isso de coração, alguém falou que só fantasia vende?

Uma história de cotidiano pode vender mais que uma fantasia sem fim.
Adoro história “reais”, problemas que podem estar acontecendo na casa do vizinho ou na minha. As pessoas querem sair da realidade? Sim. Mas isso não significa que a realidade não agrade.

As histórias da Mônica e companhia podem estar dobradas em fantasia, mas ainda tem realidade. Usar o que está ao redor para montar uma trama é um talento do artista.

O mangá não é um sucesso só por ser uma fantasia, os conceitos reais usados nele fazem a diferença. O amor, a amizade, o abuso, a guerra, a traição, e muitos outros problemas que existem na vida cotidiana estão lá.

Só muda quem e como a pessoa/ personagem, reage a isso.

Fontes para esse artigo: Revista Neo Tokyo; sites de anime e mangá; sites de editoras; mangás; pesquisas pessoais e conversas minhas com outras pessoas.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Agradecimento

Sério, preciso dizer.
Estou super feliz.
O motivo é algo bem idiota para a maioria, mas para mim é algo supremo.

Tenho TRÊS seguidores no blog.
Dai vocês me dizem: "Não, são quatro".
Mas como um daqueles perfis é o meu não conta.

Enfim parece algo pequeno, mas para mim é incrivelmente supremo.

Vou continuar postando as matérias iniciais antes de dar entrada nos assuntos derivados (séries, mangás, animes e outros trabalhos envolvendo assuntos diversos).

Então, desde já muito obrigado a todos que estão seguindo o blog e me apoiam ainda que só com a sua presença no quadro.

Espero poder retribuir esse apoio.

Lilliel Sumire Eucaristia - 19/ 01/ 2012

O Mangá no Brasil

Parte 1 de 2

Correndo, Lutando e Vencendo: Do Clássico ao Futuro

Antes de realmente começar essa matéria achei conveniente salientar minha ignorancia.

Digo isso por que quando comecei a escrever achei que saberia exatamente o que escrever, mas então fiquei em dúvida e resolvi fazer uma rápida pesquisa para então ter certeza que estava literalmente ouvindo apenas a mim mesma e a minhas suposições.

No fundo acredito que não estava de todo errada, mas se for analisar os fatos como são iria cometer um grande erro. Dizer que a década de 90 foi a grande abertura do Brasil para os mangás e animes seria errado por dois motivos: ambos chegaram antes, porém os mangás tiveram o seu grande momento somente na virada do século.

Mas agora vamos ao que interessa de verdade.

Em Meados da década de 70, foram publicadas as primeiras histórias em quadrinhos baseadas em uma produção japonesesa, era Speed Racer (Mach Go Go no original), cuja série de anime foi exibida no programa do Capitão Aza, foram publicadas pela Editora Abril, as histórias eram oriundas do México (onde o piloto é conhecido como Meteoro).

Em 1978, Claudio Seto convenceu Faruk El Kathib, dono da Grafipar, editora de livros vendidos de porta em porta de Curítiba, Seto se mudará para Curítiba três anos antes, onde trabalhou como ilustrador em um jornal, na Grafipar, Seto trouxe de volta a Maria Erótica.

No final da década de 1980 e início da década de 1990 foram lançadas revistas em quadrinhos licenciadas das séries Jaspion, Maskman, Changeman, Spielvan, inicialmente pela EBAL e depois pela Bloch (que lançou uma fotonovela de Jaspion) e editora Abril que na revista Heróis da TV (que também publicou Black Kamen Rider e Cybercop), única das séries que não pertencia a Toei Company), todas produzidas por artistas brasileiros do Studio Velpa.

Tal qual a revista do Spectreman, essas também seguiam o padrão dos comics, entretanto, vários dos artistas que participaram dessas publicações publicaram HQs no estilo mangá.

Ainda nos 80, foram licenciados os primeiros mangás japoneses originais, esses títulos foram publicados em vários formatos diferentes e com as páginas espelhadas (da esquerda para direita).

Alguns clássicos foram publicados nos anos 80 e começo dos anos 90 sem tanto destaque, como Lobo Solitário em 1988 pela Editora Cedibra, primeiro mangá lançado no Brasil, Akira pela Editora Globo, Crying Freeman, pela Nova Sampa, A Lenda de Kamui (Sanpei Shirato) e Mai - Garota Sensitiva pela Editora Abril, Cobra pela Dealer.

É criada em 3 de fevereiro de 1984 a Associação Brasileira de Desenhistas de Mangá e Ilustrações, no mesmo ano Osamu Tezuka visita o Brasil e é apresentado a uma exposição com artes de vários artistas brasileiros, algum tempo depois Tezuka conhece o brasileiro Mauricio de Sousa com que estabelece uma amizade, ambos planejam um crossover entre seus personagens em longa-metragens de animação, o projeto foi engavetado após a morte de Tezuka em 1989. Mas o interesse de Mauricio de Sousa concretizou uma nova versão das aventuras da turma da Mônica nos últimos anos.

O grande "boom" de animes e mangás no Brasil veio em 1994, com o sucesso de Os Cavaleiros do Zodíaco de Masami Kurumada exibido pela Rede Manchete, várias revistas informativas como a Revista Herói (publicada em conjunto pela Acme e a Nova Sampa), surgem também as primeiras revista exclusivas sobre animes e mangás como a Japan Fury e Animax.

A Editora Escala também publica uma revista baseada numa franquia de video games, Street Fighter (pertencente a Capcom, mesma proprietária de Megaman), a revista trazia artistas que participaram das revista "O Fantástico Jáspion" e Heróis da TV da Editora Abril (Marcelo Cassaro, Alexandre Nagado, Arthur Garcia, entre outros) e apresentava um estilo híbrido entre os quadrinhos americanos e os mangás.

Ainda em 1994, Marcelo Cassaro sai da Editora Escala e vai trabalhar na Editora Trama, lá cria a revista Dragão Brasil e o sistema de RPG, Defensores de Tóquio, o jogo satíriza franquias japonesas de mangás, animes e tokusatus. Pela Trama vários de seus projetos apresentados na revista viraram histórias em quadrinhos, como Holy Avenger (uma série de RPG muito conhecida entre os fãs do segmento no Brasil).

Em 1998, a editora Animangá lança Ranma ½, primeiro título adolescente (shonen) publicado no Brasil, as edições seguiam o padrão usado pela editora Viz (formato americano, lombada com grampos, leitura ocidental) e tinha uma periodicidade irregular, a tradução ficou a cargo de Cristiane Akune da Abrademi.

Nesse mesmo ano, a Editora Trama lança uma mini-série Street Fighter Zero com roteiros de Marcelo Cassaro e arte de Érica Awano.

Em 1999, Marcelo Cassaro lança pela Trama, a revista Holy Avenger, com arte de Érica Awano, tornando o título de "mangá brasileiro" mais longevo até então.

O grande marco da publicação de mangás no Brasil aconteceu por volta de dezembro de 2000, com o lançamento dos títulos Samurai X, Dragon Ball e Cavaleiros do Zodíaco pelas editoras JBC e a Conrad (antiga Editora Acme).

O diferencial desses títulos era dessa vez os mangás eram publicados da direita para a esquerda, lombada quadrada, meio-tankohon (metade das páginas de um volume japonês) e em dois formatos: de bolso (usado pela JBC) e formatinho (adotado pela Conrad).

Nessa época, a editora Escala lançou antologias inspiradas nas revistas japonesas e mesclava material de artistas veteranos como Claudio Seto, Mozart Couto e Watson Portela com o de aspirantes a quadrinistas, além de lançar vários manuais de Como Desenhar no Estilo mangá.

Fábio Yabu lança revistas em quadrinhos de seus Combo Rangers, uma webcomics que satiriza produções japonesas (sobretudo os super sentais) lançada em 1998. A série foi cancelada por problemas pessoais do autor que (até onde se sabe) não estava podendo dar continuidade a história (que fazia um bom sucesso no Brasil).

Em 2002, Editora Cristal lança a primeira adaptação em estilo mangá, "O Pequeno Ninja Mangá" (originalmente uma revista infantil do ínicio da década de 1990).

Em 2003, Cassaro publicaria pela Mythos Editora, Dungeon Crawlers com arte de Daniel HDR e uma reedição de Holy Avenger.

No mesmo ano, a Via Lettera publicou o álbum "Mangá Tropical, com trabalhos de Marcelo Cassaro e Erica Awano, Fábio Yabu e Daniel HDR, Alexandre Nagado, Arthur Garcia e Silvio Spotti, Elza Keiko (atual editora-chefe da Panini Mangá) e Eduardo Müller, Rodrigo de Góes, Denise Akemi e prefácio de Sônia Luyten.

Com o aumento dos títulos originais japoneses, sobretudo com o lançamento do selo Planet Manga da italiana Panini Comics em 2002 (com a publicação de Gundam Wing), que licenciou os sucessos Naruto e Bleach, os títulos brasileiros perdem força e quase .

Em 2008, Mauricio de Sousa e a esposa Alice Takeda (que é descendente de japoneses) são escolhidos para criar mascotes para o Centenário da imigração japonesa ao Brasil e anuncia o lançamento de Turma da Mônica Jovem (versão mangá adolescente da Turma da Mônica) faz surgir várias revistas similares, os chamados "Mangás Jovens" são eles Luluzinha Teen (versão adolescente da Turma da Luluzinha) e Didi & Lili - Geração Mangá (baseado na personagem Didi Mocó de Renato Aragão e na filha dele Lívian Aragão, a Lili), em 2009 e 2010 respectivamente.

No fim de 2009, começaram a ser lançados mangás didáticos, com a série O Guia Mangá, da editora Novatec, publicados originalmente pela editora Ohmsha como The Manga Guide.

Em 2010, o Studio Seasons publica uma versão encadernada de Zucker pela Newpop Editora, mangá publicando na revista informátiva Neo Tokyo da Editora Escala.

Mauricio de Sousa, anuncia seu estúdio estaria realizando um antigo projeto, uma história em quadrinhos com suas personagens e as de Osamu Tezuka.

Em Julho do mesmo ano, a HQM Editora publica os mangás Vitral e O Príncipe do Best Seller do Futago Studio.

Em 2011, o jornalista e ilustrador Alexandre Lancaster lança uma editora própria a Lancaster Editorial, a editora lança o Almanaque Ação Magazine, uma nova tentativa de implantar uma antologia de mangá brasileira, Alexandre, outrora redator do site Anime Pró e da revista Neo Tokyo, já havia lançado o projeto Ação Total no formato webcomics, hospedado no site Anime Pró, porém o projeto foi cancelado.

Julho do mesmo ano, o roteirista JM Trevisan (que ao lado de Marcelo Cassaro e Rogério Saladino forma o Trio Tormenta) e o desenhista Lobo Borges, lança a webcomic "Ledd", uma nova HQ ambientada no universo ficcional de Tormenta (o mesmo de Holy Avenger e Dungeon Crawlers), o objetivo da dupla é lançar os episódios encadernados pela Jambô Editora (semelhante ao que acontece com Combo Rangers).

Inicialmente criada uma editora de livros de RPG , a Jambô fez sua estreia no mercado de quadrinhos em 2011 publicando a versão encadernada de DBride, também ambientanda em Tormenta e publicada originalmente na revista Dragon Slayer da Editora Escala.

Com isso concluimos a primeira parte da história do mangá no Brasil.

Fontes para esse artigo: Wikipédia e revistas de animes.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Animes

Dando Vida Para Os Sonhos Da Alma

Anime é o termo utilizado para se referir as animaçãos japonesas em geral. Anime inclusive  é literalmente uma abreviação da palavra animation, mas podemos dizer que atualmente não desigana somente a animação japonesa, mas também os pseudo-animes que tem surgido misturando o melhor das animações ocidental e oriental.

É muito comum ouvir até mesmo entre fãs a afirmação que animes são as versões  animadas dos mangás. Apesar de tal afirmação não ser de todo mentira, pois no inicio esse era o curso normal de um mangá, atualmente o caminho pode ser inverso.

Muitos animes se originaram de mangás de renome, mas atualmente grandes titulos do mangá tiveram suas origens nas telas de TV. Essa via de mão dupla tem se tornado muito comum nos últimos anos e proporcionado um número igual de diferenças em popularidade entre uma mesma série em midias diferentes.

Da mesma forma que os mangás, os animes são divididos em gêneros de mesmo nomes. Portanto um mangá shounen continuará a ser um anime shounen, porém agora como um programa de TV sua classificação se torna ainda mais dispersa.

Devido a censura em geral cenas de luta de um anime são suavizadas de diferentes formas. Corpos dilacerados ganham cortes lisos sem órgão ou ossos aparecendo, o sangue pode ganhar cores diferentes dependendo do ser retratado (preto ou roxo), cenas de sexo podem ser suavizadas ou mesmo mostradas com cenas do próprio mangá em preto e branco, uma cena de assassinato pode não mostrar o momento em que a ferida é feita na vitima, entre outros meios de se suavizar outras cenas pesadas.

Além de ser uma midia para popularizar uma série em mangá ou mesmo uma ideia que irá se tornar um mangá no próprio Japão e no mundo os animes acabaram sem querer tornando outra midia japonesa muito popular no mundo dos fãs: a fonografia ou, mais popularmente conhecida, a música japonesa.

Com o passar do tempo as aberturas de muitos animes se tornaram amadas pelos ocidentais que buscaram mais informações como nome da música, nome do cantor, outros trabalhos em animes e consequêntemente seu próprio trabalho musical.

Novamente uma via de mão dupla surgiu de onde os fãs de determinado cantor ao verem seu nome relacionado a um anime novo procuravam mais informações sobre a série e assim podiam se tornar fãs dela mesmo depois da música do seu cantor ser trocada por outra.

Além das músicas o mercado de animes abriu ou segmento de fãs: os fãs de dubladores. No ocidente apesar de muitas pessoas adorarem ver seus filmes dublados muitos não se dão conta de que um mesmo dublador está por trás de quase todos os filmes de determinado ator americano.

Porém no Japão isso faz o nome de muitos animes, por que se o dublador em questão for muito famoso sua simples presença em determinada série já é o suficiente para causar um temporal de pesquisas sobre a história do anime.

No Japão também as substituições de dubladores sem um motivo são normalmente vistas como um desrespeito ao telespectador de forma geral, sendo que muitas séries tiveram problemaas de audiência por trocarem o dublador sem razão.

No Brasil isso acontece muito, mas a felência de alguns estúdios de dublagem originais de certas séries colaboram para essa mudança. Além disso existem os casos de morte ou trabalhos em andamento de dubladores originais (o mesmo caso acontece no Japão, porém de forma diferente).

Os animes já se tornaram tão importantes no Japão que existe até o caso de uma série que tirou seu estúdio da falência eminente e ainda se tornou uma das séries mais populares entre fãs no mundo todo por sua história ter revolucionado o mercado de aimes dos anos 90. Neon Genesis Evangelion, ou simplesmente Evangelion, foi o anime mais confuso e aclamado no mundo mesmo tendo só 26 episodio (ou talvez por ter apenas 26).

A série foi feita com as últimas verbas do Estudio Gainax, que estava esperando apenas a falência oficial na época. O então roteirista Yoshiyuki Sadamoto começou a série de forma simples, mas acabou com o tempo tornando a trama uma das mais complicadas e surpreendentes do mundo. Devidos aos problemas financeiros a série tem muitas cenas escuras e com personagens falado de costas, compensados infinitamente pelas cenas de batalhas.

Evangelion é um anime inexplicavelmente absoluto ao se entrar no territoório de animes, principalmente por que o Estudio Gainax ganhou tanto dinheiro com a série que saiu da falência, ainda hoje existe e continua a produzir animes de otima qualidade. Evangelion fez 10 anos em 2005 e ganhou além de uma remasterização em alta definição explicando os mistérios ainda inexplicaveis e duas fragrancias de perfume baseadas nas duas garotas protagonistas do anime.

Assim como Evangelion existem outras séris que rendem a seus autores muito lucro em brindes variados (mas nenhuma tirou seu estudio da falência) indo desde chaveiros a refinados e detalhados figure action (figuras de ação) que seriam com estatuetas em minuatura de escala de determinado personagem. Embora possa parecer brincadeira de criança, algumas dessas miniaturas custam mais de mil reais de pendendo do seu tamanho, nivel de detalhes e fabricante.

Animes normalmente são lançados em DVD's no Japão após determinado tempo de estréia e rendem outro mundo de dinheiro. Cada volume vem com uma imagem diferente estampada no disco, sendo normalmente de personagems diferentes. Algumas edições limitadas de um mesmo volume disponibiliza diferentes estampas para um mesmo disco (10 mil de um personagem, 10 mil de outro e assim vai) o que pode fazer os mais fanaticos comprarem um exemplar de cada.

Diretamente falando muitos consideram o “amor” por tais série uma doença e, fazendo parte desse grupo de fãs, não poderia afirmar que essa afirmação seja de todo errada. Porém na mesma proporção o futebol é uma doença em massa no Brasil, o basebal e o futebol americano nos EUA e cada país tem seu vicio, sua doença nacional incuravel.

Eu ainda não vi uma briga como a dos estadios envolvendo animes, o que ainda nos dá uma margem de ganho. Brincadeira.

Falar que não é um vicio ou um tipo de doença seria mentira, pois como ouço muito do meus pais “tudo que é em exesso é ruim” (não que eu tenha dado muito ouvido a isso). Mas devo dizer que os beneficios trocados tem sido bons (no que diz respeito a minha pessoa).

Com isso concluo a parte sobre animes tendo certeza que fiquei a dever algo mais obetivo, mas satisfeita em ter feito algo a respeito.

Fontes para esse artigo: Infelizmente a autora não se recorda de nenhuma das fontes originais ou dos nomes das pessoas com quem conversou sobre o assunto, pois seu cérebro não parece muito amigo nesse momento. Sério.